quinta-feira, 30 de abril de 2009

Icterícia por baixa ingesta

Se vc também não sabe o que é isso, não se preocupe e levante as mãos para o céu por não precisar saber.

O diagnóstico

Quinta-feira à noite, a pediatra do Benedito observou uma icterícia muito forte e disse que passaria aqui na manhã seguinte, à luz do sol para confirmar. Chegou aqui na sexta 17 horas e disse que pelo fato da icterícia ter chegado até a sola do pé precisaríamos fazer um exame de sangue urgente para ver a taxa de bilirrubina.
Começou a me questionar se eu e o Marcelo tínhamos incompatibilidade sangüinea. Eu disse que achava que não, pois meu tipo é A + e o dele é B + (coisa aliás que já tinhamos informado a ela em uma consulta antes do Benedito nascer e que ela, teoricamente teria anotado em um papel, pois escrevia tudo o que a gente dizia, eu acho...). Em seguida me perguntou se a gente sabia o tipo de sangue dele.... opa! Peraí... vc é a pediatra. Só fizemos o que vc mandou até agora. Se vc não pediu exame de tipagem saguinea, a gente não fez. (ela se calou).
Começamos a ligar para os laboratórios para que a coleta fosse feita em casa (pois segundo a pediatra a coleta domiciliar era 24 horas) mas no adiantado da hora de sexta a coleta domiciliar só poderia ser feita na segunda-feira. Então fomos atrás de um laboratório que fizesse in loco com resultado ainda para sexta. O estress começou aí: o Marcelo ligando para todos os laboratórios, eu sentada do lado da pediatra e ela calada. Daí comecei a questionar o que a bilirrubina alta poderia ocasionar e ela tranquilamente me falou: paralisia cerebral. Foi assim mesmo, curta e grossa como ela só e continuou com cara de paisagem, enquanto Marcelo tentava descobrir para onde a gente deveria ir.
Como vocês sabem, pelo telefone não se resolve nada neste país, então eu catei umas fraldas, uma troca de roupa, a cadeirinha e saímos correndo para a 716 norte onde tem os 2 melhores laboratórios da cidade. A pediatra ficou lá, com a mesma cara de paisagem, me vendo correr para lá e para cá e falou para o Marcelo que estava tudo sob controle e para eu levar uma manta p/ o Benedito, pois estava frio lá fora (uau!) e completou dizendo apenas que ia esperar o resultado na minha casa.
Pessoalmente descobrimos que a coleta 24 horas era no HGO (do outro lado da cidade), mas que para o resultado sair naquele mesmo dia, teríamos que ir para lá imediatamente. Pedi para a moça do Sabin passar um rádio para a unidade de lá e pedir p/ a pessoa esperar que era um recém-nascido que precisava do resultado imediato da taxa.
Como tudo o que é ruim pode piorar, era 18 horas, estava chovendo e o trânsito engarrafado como eu nunca tinha visto antes, ou será que era a nossa pressa?
Enfim chegamos e descobrimos que precisaria da minha carteirinha p/ fazer o exame dele, e eu não tinha levado nem bolsa...

Mas como eu sempre faço exame no Sabin ela pegou meus dados no cadastro e adiantou as coisas.
Benedito tirou o sangue as 18:30 e o resultado ficava pronto às 20:30.
Pegamos 1 hora de engarrafamento e quando chegamos em casa, a pediatra estava no computador do Marcelo acessando a sua comunidade do orkut, que gracinha!
O Marcelo a pegou, levou em casa e voltou para o laboratório para buscar o resultado do exame. A pediatra deixou um encaminhamento para internação, que para quem sabe não vale de nada, né? E pediu para ligarmos para dizer o resultado.
Neste meio tempo, liguei para uma amiga de internet da lista Partonosso e contei-lhe o que estava acontecendo. Ela me tranquilizou (pelo menos alguém) dizendo que a foto-estimulação resolvia o problema e que o chato era a internação e que se ele estava com icterícia até a sola do pé muito provavelmente a taxa estava mais alta que a máxima desejada. Então, quando desligamos o telefone comecei a ligar para os hospitais para saber quem tinha o berço para interná-lo.
Infelizmente, estamos vivendo um momento de crise nas pediatrias dos hospitais de Brasília, que acham que pediatria não dá lucro e fecham essas alas para abrir alas de oncologia, e eu só ouvia "não", quando ouvia, pois sexta-feira 8 da noite parecia que os responsáveis pela internações nos hospitais tinham saído para a balada, pois ninguém atendia e quem me atendia não sabia responder. Enfim uma alma caridosa da internação no Santa Helena me atendeu. Ela precisava saber as taxas para internar... a esta altura eu já sabia que era 17,76 (a máxima desejada é 14). E o tipo sanguineo dele B +. Ela me disse que com esta taxa ele não precisaria de UTI e que apenas a foto-estimulação resolveria o problema. O problema maior era que eles tinham APENAS UM LEITO para internação conjunta e me aconselhou a correr para o hospital. Foi quando minha amiga da Partonosso me ligou outra vez. Eu disse a ela o que tinha conseguido e ela disse para eu ajoelhar e acender uma vela, pois quando o filho dela se internou, ela não pôde ficar junto, podendo entrar apenas de 3 em 3 horas e amamentá-lo 15 minutos em cada peito.
Claro que eu agradeci, mas catei minhas coisas e assim que o Marcelo chegou, saímos correndo.

A internação

Chegamos lá, preenchemos a ficha e expliquei para o rapaz que precisava daquele último leito. Ele me deixou entrar para falar com a pediatra e eu expliquei a ela a situação. Ela de pronto me colocou sentada com o Benedito no colo e disse que ia resolver para mim. Saiu e voltou pedindo os exames, examinou o Benedito e constatou que era dos casos o menos grave... amém!
Marcelou comentou que ela parecia com uma amiga nossa e eu completei dizendo que ela era bonita, qdo ele perguntou o nome dela, eu a abracei: ela era vizinha de porta dos meus pais. Aqui em Brasília, infelimente, a gente mal conhece os vizinhos, mas sabíamos que os vizinhos dele eram pediatras e o nome dela, incomum, era o mesmo da vizinha dele, então só podia ser ela.

Disse a ela quem eu era e ela, que já estava solícita, subiu para falar com a pediatra da UTI e reservar o berço para a gente.
Mesmo assim, ficamos 3 horas sentados esperando uma autorização do plano de saúde (que soubemos depois ser desnecessária), mas pelo menos tinhamos garantido o alojamento conjunto.
Quando chegamos no quarto, era mais de meia noite. O Benedito já estava impaciente e canasado de ficar no peito e no colo e danou a berrar... mas cadê o berço?
Ah, é... vcs internaram para fazer foto-estimulação no bebê. Liga lá no ramal tal e solicita (???).
Ligamos. O ramal estava ocupado. Eu, que não aguentava mais esperar, fui atrás de onde este berço poderia estar. Bati na porta da UTI, expliquei a situação e a enfermeirinha me disse que já ia subir com o berço, que eu voltasse para o quarto....ah, não, eu só saio daqui com o berço e a luz.
Uma e meia da manhã, cheguei com o berço no quarto o Marcelo com o pequeno berrando no colo e o telefone tocou pedindo para descer com ele para a pediatra da UTI examiná-lo. Lá fui eu outra vez. É claro fiquei na porta do lado de fora. Dali a uma meia hora, a pediatra sai e fala que eele está desidratado, com a boca seca e me perguntou com quantos kg ele havia nascido, eu disse e ela falou que era outro sinal de desidratação, pois ele estava pesando 3.150kg, agora. Disse que ia prescrever um complemento de NAN (eu tremi nas bases), mas aceitei e perguntei se era no copinho, ela disse que sim. Ele aceitou apenas 15 ml, afinal tinha ficado 3 horas no peito e por mais que meu leite ainda não estivesse descido, ele tinha mamado alguma coisa.
Subimos e aí começou a batalha pra valer: Benedito não queria, absolutamente ficar no berço e nem com a venda nos olhos. Eu passei a noite toda vidrada no relógio e fazia assim: meia hora no peito, meia hora na luz, custasse o que custasse (melava a chupeta no leite p/ ele ficar lambendo, dava meu dedo mindinho para ele, etc, etc) até amanhecer e ele chorando e se debatendo até conseguir tirar a venda.

1º dia

Na manhã de sábado, liguei na UTI e pedi o complemento que a pediatra havia prescrito. A moça me disse que em dez minutos estaria lá e demorou mais de meia hora. Eu e Marcelo estressados com o choro do menino e sem saber o que fazer. Foi quando chegou a equipe inteira (devia ser umas 8:30 da manhã). Deram um banho no Benedito, o complemento, a pediatra sugeriu que tirássemos o lençol de cima do aparelho de foto-estimulação p/ ficar mais fresquinho e Benedito virou outra criança.
Foi aí que minha ficha caiu de verdade: ele devia estar mesmo mal alimentado. E eu jamais pediria o NAN intuitivamente como fiz (logo eu) se ele não precisasse mesmo de outra fonte de alimento que não meu leite.
Com Benedito dormindo, liguei para uma neonatologista também da Partonosso para que ela me explicasse o que estava realmente acontecendo. Ela foi amorosa e delicada, apesar de eu estar ligando par ela num sábado de manhã, e me fez algumas perguntas, onde deduziu que a icterícia dele, realmente, deveria ser por baixa ingesta, ou seja, ele estava se alimentando pouco e ficando desidratado.
Explico: A bilirrubina é excretada pelas fezes e pela urina. Se o bebê se alimenta pouco, faz pouco cocô e xixi e não elimina tudo o que deveria, daí o organismo reabsorve e dá icterícia. Simples, não?
Ela me tranquilizou quanto à incompatibilidade sanguinea, me dizendo que para isso eu precisava ser do grupo "O", Como sou "A", não foi esta a causa.
Então estava esclarecido. Ele precisava ser hidratado e bem e ficar na foto-estimulação para baixar a taxa. Ela ainda me sugeriu que pedisse ao pediatra que fisesse um exame de urina nele para ver a densidade, pois isso, sim, iria diagnosticar a desidratação... mas é claro meu pedido não foi aceito pelo pediatra e não fizemos.
Então no 1º dia fizemos assim: de 3 em 3 horas ele receberia o complemento de Nan, ENTÃO EU, A CADA 2 HORAS, tirava ele do berço e colocava meia hora em cada seio, estimulando para que ele sugasse o máximo possível para o leite descer logo. Depois as enfemeiras chegavam e davam o NAN pra ele (ele bebia uns 30, 40 ml de NAN, afinal beber no copinho era mais fácil e ele estava, finalmente, "derrubado" pela luz da foto). Liguei para outra colega minha da La leche Liague para ir me dar uma força e olhar a "pega" e fui prontamente atendida (Obrigada Fran!). Ela avaliou que eu tenho bico grande demais (podem rir) o que dificulta o bebê muito pequeno a conseguir abarcar bico e um pedaço da auréola (que também é gigante). Então teríamos que ensinar Benedito a pegar a auréola, o que provavelmente ele não estava fazendo, para que o leite saísse com eficácia.

Reaprendi tudo sobre como fazer abocanhar, como a boca deve ficar, quantos xixis deve fazer etc, etc...foi uma delícia a aula e a companhia.
Àquela altura ele já tinha tomado um dia inteiro de complemento e eu sentia o leite descer. A pediatra tinha sido clara: se vc conseguir ordenhar, a gente para o NAN e dá do seu leite. Era a minha deixa.

2º dia

Na manhã do domingo, Marcelo veio em casa pegou a minha bombinha e começamos a ordenha. Eu estava muito feliz, pois finalmente ele tinha feito outro exame de sangue para ver a taxa (o único exame que tinhamos era o de sexta à noite qdo entramos no hospital e já era domingo de manhã) e eu estava confiante que depois de um dia inteiro de sossega-leão, as coisas estavam bem melhores. De cara ordenhamos, eu e Marcelo 40 ml. Era o suficiente p/ o complemento da próxima mamada. Agimos da mesma forma: meia hora em cada peito e depois o MEU LEITE NO COPO.
Ele aceitou muito melhor o leite no copinho, ainda tomando tudo o que eu conseguia ordenhar. Ele saía debaixo da luz muito molinho e na meia hora em cada seio era preciso ficar estimulando a mamada constantemente (acho que por isso foi importante a ordenha). O exame demorou um dia inteiro para ficar pronto (???) e logo mais, no fim da tarde, liguei para a minha colega neonatologista que me atendeu prontamente, mesmo sendo domingo.
Benedito estava com o corpo todo avermelhado qdo saía da foto e demorava algum tempo para voltar à cor normal (é, eu tinha que recorrer a um pediatra de outro estado por telefone, pois no hospital a gente mal conseguia roupa de cama, qto mais médico). Ela disse que não podia falar nada sem ver e perguntou com ele estava. Falei do 2º exame de sangue e ela exclamou "segundo???? É vcs estariam melhor em casa. Eles tinham de estar controlando esta bilirrubina de perto. Imagine se ela sobe a níveis astronômicos e o Benedito precisa passar para a UTI? Precisavam ter certeza de que a foto-estimulação estava mesmo funcionando. Pelo menos pesaram ele novamente?" - eu disse que não e ela continuou "vê se consegue ao menos pesá-lo para ver se ganhou peso, perdeu ou está na mesma.
Desliguei o telefone e liguei para falar com o pediatra de plantão. Ele apareceu no quarto duas horas depois, com o resultado do exame: bilirrubina 16. Eu e o Marcelo murchamos. Era claro para a gente que aquele não era um exame que retratava a realidade daquele momento. Era um exame feito pela manhã, onde ele só havia feito 2 cocôs (é amigos e amigas, decobri in loco para quê serve a foto-estimulação. Qdo não conseguia mantê-lo no berço eu me enfiava debaixo da luz com ele, o que me rendeu um piriri legal!).
Pedi outro exame. Ele disse que só colheriam na manhã seguinte. Pedi que o pesassem, ele disse que só o pesariam na alta... então pedi a minha mãe!
Logo que o cara saiu, minha mãe ligou e eu danei a chorar no telefone porque eu não estava conseguindo nada naquele hospital (nem roupa de cama nova, pois a da minha estava toda suja de um suco que derrubei na hora do almoço, nem toalha de banho, que já estava até suja de sangue, diante do meu estado recém-parida e o médico não havia colaborado nem em pesar o menino... imaginem, apenas colocá-lo em cima da balança e pronto!).
Neste momento, entrou uma criatura no meu quarto p/ colocar uma garrfa de água e me viu chorar e ouviu o que eu dizia. Ela, sim, conseguiu o que eu tentei por quatro horas e não consegui: roupas de cama e toalha limpa. Eu agradeci e ela se desculpou... coitada!

3º dia

Na manhã de segunda, na visita diária e, apenas diária, do pediatra, adentraram o quarto com uma balança... eu comemorei, claro:
- VIVA!!!!UMA BALANÇA!!! Vamos pesar o bebê?
As enfermeirinhas me olharam com cara de cachorro que fez xixi no tapete e pegaram o Benedito p/ pesar: 3.360kg. Outro viva! Ele já estava recuperando o peso.
A pediatra examinou disse que ele estava visivelmente hidratatado pela salivação e com a pele coradinha. Prescreveu vitamina K (que ele tomou) e saiu.
Apareceu uma criatura do nada para fazer o teste da orelhinha, é claro, me fez assinar uma guia, e fez o teste em que Benedito passou com louvor.
Provavelmente depois daquele exame de sangue iríamos para casa. Foram buscar o Benedito e seu guarda-costas oficial, o pai, ao meio dia e meia.

A Alta

Só tivemos o resultado do exame 19 horas: bilirrubina 12. Estávamos de alta!!!!
Eu pedi para termos alta apenas na manhã seguinte, pois odeio começar coisas importantes à noite. Eu sou totalmente diurna e a luz do dia faz toda a diferença para meu pensamento positivo, perseverança etc, etc... e queria começar a nova fase totalmente feliz e iluminada! hehehe.
Desligamos a foto-estimulação, pois o bichinho já estava bronzeando e estava na cara que ele não precisava daquilo desde a noite anterior; vestimos uma roupa nele e parei de ordenhar. Foi uma noite tranquila e feliz! Com Benedito mamando em livre demanda a cada 2 horas... é um reloginho!
O coto caiu logo de manhã cedo, na troca de fralda, com exatos 7 dias de vida. Outra comemoração!!!!
Na alta Benedito foi pesado de novo (!!!) havia ganhado + 50 gramas, apenas com o meu leite.
A medíca fez o teste do olhinho, com aquela luz dentro do olho do pequeno e outros procedimentos lá, nos falou das vacinas e que precisávamos procurar um pediatra para acompanhá-lo (é precisamos mesmo, porque a do diagnóstico tá fora!). Recomendações estranhas vcs devem estar pensando... afinal todo mundo faz isso, né?
Ah, gente, mas éramos atração turistica, de verdade (todo mundo que queria me conhecer baixava lá e fazia milhões de perguntas) pois Benedito nasceu em casa. A médica tinha que assegurar todas as informações, afinal saindo dali eu poderia simplesmente me enfiar no meio do mato com ele, Marcelo e Marina nunca mais aparecermos na civilização...hahahahahahah.
Pegamos nossas coisas e saímos... vcs leram? SAÍMOS DO HOSPITAL. Assim, como quem entra para um consulta ou para fazer uma visita. Ninguém nos barrou para pegar alta, nos questinou, conversou com a gente, nada!
Chegamos em casa, ligamos para o plano de saúde e nós mesmos finalizamos a internação. Imaginem o controle deste hospital... ainda mais se tratando de um bebê! E as enfermeirinhas ainda tinham a audácia de nos falar que pais que acompanham seus filhos até a porta da UTI e ficam esperando o procedimento, de pé, do lado de fora eram minoria (adoro ser do contra!! Obrigada meu Deus por me fazer do contra!)

Conclusões:

1. A pediatra, apesar de poder ter facilitado a nossa vida e pedido o exame de sangue na quinta, quando viu que ele estava muito ictérico e evitar aquela correria maluca de sexta à noite, pode ter salvo a vida do nosso bebê. Contratamos ela como neonatologista do parto do Benedito e quanto a isso eu estou plenamente satisfeita, mas infelizmente, com a falta de trato que esta criatura tem com as pessoas, impossível ser pediatra do Benedito (e ela tá pensando até agora que foi por incompatibilidade sanguinea, e se fosse, ela teria dado um tremendo fora, pois não pediu a tipagem sanguínea precoce do Benedito e a internação seria algo bem mais tranquilo, pois já saberíamos ser necessária, pois ela sabia nossa história, se não jogou o papel da nossa consulta com ela fora, né?). Se alguém souber de um bacana, que seja a favor da amamentação exclusiva e até pelo menos 2 anos, para me evitar aborrecimentos desnecessários e além de tudo que atenda Saúde Caixa, me avise.

2. Foi uma benção acharmos um leito conjunto, Deus botou a mão mesmo, inclusive qdo colocou a vizinha do meu pai no plantão da pediatria naquela noite para nos garantir o último leito, pois acho que com mamadas regradas Benedito pioraria, certamente. Pois no 1º dia de internação ele não fez cocô, só no segundo, depois que já estava hidratado e fortalecido.

3. Não tive o menor problema em pedir a complementação. Eu estava nervosa, sabia que meu leite não ia sair como ele precisava. Um dia de NAN e de estimulação com ele sugando, me deu a tranquilidade e o leite que precisava para manter meu filho. Hoje ele, para mostrar que tem o leite que precisa, fez um cocô daqueles de vazar em cima da mãe e sujar ela toda e um baita xixi em cima do pai antes do banho. Estamos devidamente batizados! hehehe.

4. O apoio e a ajuda de minhas amigas:

Socorro não tem este nome à toa. Sua mãe premonizou que ela iria ajudar muitas outras mães nessas horas de angústia. Foi ela que me deu as primeiras explicações do que aconteceria conosco nos próximos dias com uma voz doce e suave, me tranquilizando de que tudo daria certo! É cearence retada, firme, forte, mas sem perder la ternura! Obrigada querida!

Ana Paula, minha neonatologista de plantão, em Sampa, tirou minhas dúvidas e diagnosticou de lá a verdadeira causa da icterícia. Me tranquilizou e me deixou apavorada de saber que os médicos daqui não são de nada e não sabem ao menos fazer um procedimento de um tratamento decentemente! Querida, sem vc eu estaria num mato sem cachorro! Obrigada pelo plantão do fim de semana!

Francesca da La Leche Liague, sua presença foi essencial para eu compreender o motivo pelo qual Benedito não estava mamando direito. Ter conhecido vc antes dele nascer foi a Providência Divina, pois me achava expert em amamentação e descobri, com vc, que cada filho tem um jeito e Benedito precisava ser ensinado a mamar em mim. Obrigada!

Clarissa, do espaço acalanto, minha doula eterna que me deu o telefone da Francesca e foi lá no hospital se preocupar comigo,

pois segundo ela o Benedito estava bem cuidado, mas e eu? Fofa, fofa fofa!!! Me dá vontade de chorar até agora qdo lembro dela me falando isso... isso é ser doula! Foi da Marina, do Benedito e vai ser minha p/ sempre!

Rafinha pé quente, fisioterapeuta, doula, acupunturista, faixa amarela de krav maga, madrinha de leite do Benedito pra sempre, foi lá na segunda à noite cuidar das minhas costas, mas o pequeno não deixou. De qquer forma na visita dela recebemos a tão esperada alta. É amiga pra sempre esta, por isso prendi ela como madrinha do pequeno Benedito...hahahahahahah.

5. Minha família... tá eu nem precisava dizer, mas mamãe e papai são demais! Ficaram com Marina, me deram apoio no hospital e mamãe até me mandou chorar de saudade da Marina... que fofa!!!! ´

6. É muito mais fácil ser forte se a gente puder desabafar primeiro e ter amigos e família em quem apoiar tanto para chorar quanto para se reerguer! As lágrimas clareiam as idéias!

7. Icterícia pode não ser uma coisa bobinha que toda criança tem. Se o seu bebê ou um bebê que vc conhece estiver com icterícia nos membros inferiores (pernas e pés) também é necessário fazer o exame de sangue. Ele pode salvar seu filho de algo muito , muito ruim!

8. Eu não sabia diagnosticar desidratação em um recém-nascido e para quem não sabe como eu não sabia lá vai:
- ele pode até estar urinando "normalmente", mas se o xixi estiver escuro pode ser um sinal de alerta;
- Boca seca, sem salivação para mamar ou após as mamadas pode ser outro sinal.
(coisas que a pediatra que veio em casa se quer questionou ou mensionou. Apenas perguntava se ele estava sugando bem e isso ele estava, ou eu achava que estava, porque ele fazia uma força danada, tadinho. Tanto que agora é um bebê tranquilo para mamar, porque agora sai leite.)

EM TEMPO - VITÓRIA: BENEDITO RECUPEROU HOJE O PESO COM QUE NASCEU!!!! VIVA!! VIVA!! VIVA!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Benedito nasceu em casa


Oi Gente!
Benedito nasceu às 3:45 da madrugada do dia 21 de abril de 2009, pesando 3.600 e medindo 52 cm. Nasceu em casa com uma linda equipe de apoio e muito, muito esforço...heheheheh.
Não tenho tempo de fazer um relato aqui, ainda... imaginem que agoratenho um bebê para alimentar, mas as fotos valem mais que mil palavras!
Abraços a todos!

domingo, 19 de abril de 2009

Benedito e a vida mansa!

Pois é... estou com 40 semanas e 4 dias e nenhum sinal firme de que o garotão quer nascer. A vida dentro do utero deve ser muito boa...hehehehehehe. Já estou com alguma dilatação, ele já está com a cabecinha encaixada, eu estou bem, apesar de ansiosa, claro, e o coração do Benedito está ótimo... então nossa única preocuação por aqui é saber se ele vai nascer ainda ariano, ou se ele vai me dar a volta e vai nascer taurino... ai, ai... filhos nunca fazem os gostos de suas mães, né?
Cantei para os 4 ventos que teria um filho de aries, pois sempre me dei bem com as pessoas deste signo e daí o Sr. Benedito vai fazendo uma dessa comigo? Se não nascer até segunda, dia 20, dia 21 ele já nascerá sendo taurino... que sem vergonha...:-P
Então, mamãe arrumou um presentinho para ele... um carimbo:
Benedito Santoro Coelho vai ganhar um

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Tiradas no mesmo dia

Calma, eu não estou ficando doida não e nem tem truque de PhotoShop em uma delas e sim eu ainda conheço os números do algarismo romano. As fotos foram tiradas no mesmo dia de GESTAÇÃO. Que mãe tem esta chance, né? Eu que achava que a barriga do Benedito estava muito maior, quando confrontei as 2 fotos, percebi que são muitíssimo parecidas as barrigas. Talvez esta sensação venha do fato de eu estar uns 3 oiu 4 kg mais gorda agora que na mesma época da Marina. Marina nasceu no dia seguinte após a foto... será que Benedito nasce hoje????hahahahahahahahah.
De qquer forma, se nascer postaremos notícias, OK????