quinta-feira, 5 de março de 2009

34 Semanas!

Minha hora está chegando. É certo que desta vez não me informei, nem me formei tanto quanto na gravidez da Marina, é claro também não precisava mais...heheheheheh. Mas é fato de que agora na reta final encontrar e compartilhar matérias deste tipo me dão forças de saber que ESTOU NO CAMINHO CERTO!
Leiam:

http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/2009/03/o_parto_do_passado_e_o_do_futu.shtml


É uma jornalista brasileira, que mora em Londres e está saindo de licença maternidade... é fantástico!

Sábado levamos a Marina p/ uma festinha de criança e conheci, por obra do destino, uma brasileira que ganhou o seu 1º bebê na Holanda. Ela foi apresentada p/ mim, pela mãe da aniversáriante já assim: olha, a Carlinha é doula!
Daí a moça abriu a guarda e se sentou na minha mesa p/ me contar que lá na Holanda só existe acompanhamento pré-natal se o bebê vingar, ou seja, depois do 3º mês completo; elas são acompanhadas por Midwifes (uma mistura de parteira, enfermeira de pré-natal e doula), que é quem faz o pré-natal das grávidas porque lá não existem Ginecologistas Obstetras, só em caso de cesárea de urgência; e o mais lindo: NÃO EXISTE EXAMES DE NENHUMA ESPÉCIE, de rotina! Nada de tirar sangue a cada trimestre e ecografias...heim??? O que é isso???? A Midwife, mede a pressão, o fundo do utero, escuta o foco, pergunta se a gestante sente algo estranho ou diferente e qdo a resposta é negativa, até mês que vem!; e os bebês nascem de parto normal, sem episio laceração ou qquer outra coisa, preferencialmente dentro da água e em casa, acompanhadas apenas pelas midwifes. Ginecologista só entra na história em caso extremo.
Ela, como boa brasileira que é, questionou a midwife porque não faria ecografia e a midwife, gentilmente respondeu: NÃO EXISTEM ESTUDOS que comprovem que a ecografia NÃO FAÇA MAL AO BEBÊ.

GENIAL!!!!

Minha mãe e minha tia viveram situações semelhantes, qdo, depois do oitavo mês completo de gestação, era praxe de fazer RAIO-X para saber se os ossinhos do bebê estavam formados... e qual não é a ironia, que tempos depois se descobre que aquela radiação que elas (e a gente dentro delas) recebemos, poderia ser nociva... talvez, os estudos sobre o raio-x foram realizados em uma época em que as ecografias precisavam de um "bum" e as pessoas precisavam ganhar dinheiro com isso. Então, até que apareça uma tecnologia melhor e mais avançada que a eco, estudos neste sentido nunca existirão, porque ninguém vai fazer médico perder dinheiro se descobrirem que os bebês ficam com a mão no rosto durante toda a eco porque aquilo faz um barulho danado lá dentro ou que irrita os olhinhos deles, né?

Mas continuando o meu papo com a minha mais nova amiga, quase holandesa, terminamos em uma conclusão simples: A Europa é um continente velho. Todos sabemos que existe um movimento dos governos para que os casais tenham filhos e os que tem coragem, mais de 1 filho, pois os governos precisam de quem os sustente, concordam?
Bens tão preciosos quanto bebês, não podem ser "disperdiçados". Então, é claro que midwifes, falta de exames de rotina e nada de eco não são procedimentos irresponsáveis daqueles países, por conta de uma cultura, apenas! Eles não seriam bobos de perderem esta "boquinha".
Funciona, dá certo e os bebês nascem e bem!
É difícil a gente observar e entender, que talvez é a nossa cultura latino-americana de cesáseas eletivas, exames de sangue de rotina e ecos mensais é que esteja errada. É aqui que precisamos de UTIs neonatais, é aqui que precisamos de G.Os. bem formados, é aqui que precisamos de epidural, episiotomia e NAN.
Será que somos mais frágeis que as européias? Será que nosso corpo é menos preparado que o delas e nossos bebês precisam ser salvos da gente?
Ou será que tem muita, muita gente ganhando dinheiro em cima da fragilidade emocional de um momento gravídico e tocando baboseiras na nossa cabeça só p/ desencadear um ganha-ganha de todo tipo de médico e toda a série de necessidades que são desencadeadas a partir daí, onde quem só perde é o bebê e a grávida-mãe!
Ora, ora! Os países latino-americanos tem excesso de gente! Eles não precisam se preocupar verdadeiramente com o nascimento. Se morrer nasce mais... e se nascer com problemas, melhor ainda, mais a classe médica vai ganhar com isso fazendo tratamentos eternos nesta criança, porque ele tem bronquite, asma e é fácil pegar uma pneumonia!

Mudar a cultura de um país é difícil, mas não é impossível. Eu não sou radical, eu apenas raciocino e não apenas aceito o status-quo... e vou continuar com o meu trabalho de formiguinha: vou parir o mais natualmente possível, afinal estamos no Brasíl (quem me dera estar na Holanda) e amamentar exclusivamente, sem água , suco, chupeta etc, etc até, pelo meses 6 meses do Benedito!!!
Tá tenho um excelente exemplo de que dá muito certo: Viva Marina! Viva Benedito! E viva a minha coragem de enfrentar e ir contra o que acredito estar errado, muito errado!!!

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